terça-feira, 17 de junho de 2014

Socraticamente intelectual

Tudo o que escrevo nasceu das minhas experiências e da vontade de acertar. Não me lembro de ter jamais agido de maneira puramente maldosa a algum estímulo virtuoso de bondade , muito menos de maneira violenta/física a um estímulo verbal. Sou tudo que vivenciei: livros que já li, idéias obtidas mesmo que fraudulentamente, experiências alheias e tal.  Tudo exerceu sobre mim algum impacto antes desta digestão alardeada acima. Afirmo categoricamente que tenho pureza d’alma na minha primeira leitura de qualquer coisa que se apresente a mim. Acontece que possuo aquele objeto tão discutido por Freud e seus brilhantes, nas famosas discussões intelectuais que entravam pelas noites, em sua casa: a tal da consciência. Êta que moça complicada e influenciada! Pois é, tudo vai se acumulando na memória e as que não ganham interesse acabam indo para o ainda desconhecido caminho do esquecimento. Só que este desgraçado deste esquecimento é uma grande mentira. Ele (o esquecimento) está ai nos influenciando a todo instante e nós, egocêntricos, achando que são super-poderes, milagres, intuições, etc. Logo somem, depois voltam à tona, reaparecem em sonhos dias, semanas e até anos depois. Quando voltam, se transformam em doce imaginação pessoal. Mas, é só quando nos chega um novo conhecimento (um livro ou um mestre) sobre a questão que me dou conta de que é possível sim ao menos controlá-lo. Quem lê este meu relato imagina que tenho total controle da situação, mas não percebe a complicação que se passa neste meu processo mental. Admito que sejam todos humildes e pipocantes lampejos geniais, improvisos, nada mais.
Estou longe de ser aquela cabeça realmente pensante que irá salvar a humanidade. Minhas idéias iluminadas ainda são analógicas neste mundo digital. Só sou original na minha alma. A alma socrática e não a religiosa, vou chamando logo a atenção! Sócrates unificou alma e razão. Minha alma seria a minha razão! O “pensar”, para mim, seria a exteriorização das sensações e da imaginação. Como eu fui capaz de pensar tão profundo? Lendo, é claro. Pincelando aqui e ali o que julgo ser importante e assim caminha meu mundo. Por isso vou logo avisando aos meus críticos de plantão que nada do que falo e escrevo é original letra por letra. É original a releitura e a adaptação que faço de todo apanhado, isto sim.

Desta forma batam e xinguem a vontade, pois só assim minha alma viverá realmente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário